A não nomeação de candidatos aprovados nos concursos públicos, sobretudo para dar lugar a apadrinhados políticos em cargos comissionados, mostrada nessa segunda-feira (16/9) pelo Correio, é ainda pior nas administrações estaduais e municipais. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), como não há uma regulação eficiente, o Judiciário não consegue barrar o desrespeito ao esforço dos concurseiros em nenhum lugar do país. Não à toa, algumas unidades da federação apresentam percentual elevadíssimo de pessoal que não prestou concurso público. Em Mato Grosso, por exemplo, todos os 1.237 cargos da administração indireta do estado ; que inclui autarquias, empresas e fundações públicas ; são ocupados por comissionados.
[SAIBAMAIS]O dado é do Perfil dos Estados Brasileiros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e se refere ao ano de 2012. O levantamento mostra que, ao todo, os governadores alimentam 105 mil cargos comissionados. Goiás é o campeão em apadrinhados políticos: são mais de 10 mil funcionários, quase 10% do total. ;Um importante órgão do Judiciário justificou o grande número de comissionados no quadro como uma alternativa para substituir gestantes em licença;, conta o procurador da República no estado, Ailton Benedito de Souza.
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