Foi capinando no interior da Paraíba, na área rural do município de Patos, que dona Dália aprendeu uma lição para a vida toda: ;A história da gente é muito forte, meu filho. O que vale é a personalidade da pessoa. Pode ser preto, branco, o que for: se não tiver respeito e honestidade, não vale de nada;. Febrônia Maria de Castro é o nome de batismo dessa paraibana de 76 anos, viúva, dois filhos, dois netos e um comércio para cuidar de domingo a domingo, em Ceilândia.
Desde que desembarcou com a família na capital do país, em 1961, dona Dália ;caça um meio de vida;. Antes de tomar gosto pelo comércio, trabalhou como ajudante de cozinha em restaurantes da então Cidade Livre ; hoje Núcleo Bandeirante. Frequentou a escola até a 5; série. Quando pensou em retomar os estudos, o marido adoeceu. Hoje, tem orgulho de cuidar do próprio negócio, do carro, da casa e de tantas outras conquistas que surgiram a partir dele.
Ânimo para trabalhar não falta. ;Estou aqui todo dia;, conta a comerciante, que não entende o ;tal do racismo;. ;Tenho fé de que uma hora isso vai acabar. Nem que seja na hora em que o mundo acabar junto;, comenta. ;O povo está criando mais educação. Está vendo que pode ter um pretinho beleza e um branco desmantelado, e vice-versa;, emenda dona Dália, que alimenta um único sonho: ;Viver, né? Desfrutar das coisas, sabe como é? Mas não canso de trabalhar, não;.
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