Jornal Correio Braziliense

Economia

Vendas no varejo têm em julho melhor resultado desde janeiro de 2012

Entre as dez atividades pesquisadas, oito apresentaram variações positivas no volume de vendas, com destaque para tecidos, vestuário e calçados

Rio de Janeiro ; O comércio varejista cresceu 1,9% no volume de vendas em julho, o maior resultado desde janeiro de 2012 (2,8%) informou nesta quinta-feira (12/9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento da receita nominal foi 2%, a maior variação desde junho de 2012 (2,4%).

Entre as dez atividades pesquisadas, oito apresentaram variações positivas no volume de vendas, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (5,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), móveis e eletrodomésticos (2,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,8%). As atividades que tiveram variação negativa foram combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e veículos e motos, partes e peças (-3,5%). Na comparação com julho de 2012, todas as atividades cresceram.

[SAIBAMAIS]O segmento de móveis e eletrodomésticos, com aumento de 11% no volume de vendas em relação a julho do ano passado, foi responsável pela maior participação (22,4%) da taxa global do varejo no mês. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 2,6% em julho sobre o mesmo mês de 2012, foram responsáveis pela segunda maior participação no resultado do varejo (21,8%). Apesar do aumento, segundo o IBGE, a atividade apresenta desempenho abaixo da média, devido aos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral no período de 12 meses: 11,9% no grupo alimentação no domicilio, contra 6,3% da inflação global, segundo o IPCA. A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceu 12% em relação a julho de 2012 e teve o terceiro maior impacto (18,9%).



O comércio ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, variou 0,6% em julho na comparação com junho para o volume de vendas e 0,8% para a receita nominal. A taxa para veículos, motos, partes e peças caiu 3,5% em relação a junho. Comparando com julho do ano anterior, a variação foi -1,8%.

Segundo o IBGE, o Acre foi a única das 27 unidades da Federação a obter resultado negativo em julho, com queda de -1,7% no volume de vendas em relação a julho do ano passado. Os estados que mais cresceram no comércio varejista em julho foram: Mato Grosso do Sul (15,7%), a Paraíba (13,8%), o Rio Grande do Norte (10,9%), Rondônia (10,9%) e Pernambuco (10,7%). Na comparação com junho passado, para o volume de vendas, 21 unidades da Federação cresceram, com destaque para: Mato Grosso do Sul (6%), São Paulo (3,2%), o Rio de Janeiro (2,6%), Rio Grande do Sul (2,6%) e Santa Catarina (2,5%). As maiores quedas foram registradas em Roraima (-1,4%), Mato Grosso (-1,4%) e no Tocantins (-0,9%).