Por melhorias nas condições de trabalho e aumento salarial, funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) estão com as atividades paralisadas desde essa quarta-feira (11/9) em pelo menos cinco estados brasileiros. Os trabalhadores de São Paulo, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro decidiram cruzar os braços antes da greve nacional, prevista para o próximo dia 18.
[SAIBAMAIS]De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a assembleia para convocação geral da greve em todo o país será feita na terça-feira (17/9), caso os Correios não atendam as reivindicações de 7,13% de aumento devido à defasagem salarial causada pela inflação recente, mais 15% de aumento real e R$ 200 de aumento linear para todos os 123 mil servidores.
Segundo a Fentect, além da reivindicação salarial, os trabalhadores também pedem a mudança na carga horária dos funcionários que ocupam o cargo de atendentes nos Correios de oito para seis horas diárias. Eles exigem também a permanência do plano de saúde atual.
Os Correios informaram que ainda estão verificando o alcance da greve e que não há condições de atender às reivindicações da Fentect. A estatal argumenta que elas causariam impacto de R$ 31,4 bilhões sobre a folha, equivalente a "mais que o dobro da previsão de receita para 2013". Ainda de acordo com a estatal, 75% das receitas de vendas são destinados ao pagamento de salários, benefícios e encargos.
Em nota divulgada ontem, os Correios também informaram que, para manter a continuidade dos serviços de entrega de cartas e encomendas, já adotou medidas como deslocamento de funcionários, pagamento de horas extras, contratação temporária de servidores e mutirões para entregas nos fins de semana.
Com informações da Agência Brasil