As exportações latino-americanas crescerão apenas 1,5% em 2013, em linha com a frágil expansão do ano anterior, devido ao escasso dinamismo da economia mundial, projetou nesta terça-feira (10/9) a Comissão para a América Latina e o Caribe (Cepal).
O México, o principal exportador regional, registraria um crescimento de 3%, enquanto o Brasil, o segundo maior exportador regional, registraria uma estagnação de suas exportações. "Em 2013, é projetado um crescimento do valor das exportações regionais de apenas 1,5% (3% em volume e uma queda dos preços de 1,5%), similar à expansão de 1,4% registrada em 2012", indicou o organismo em um relatório anual.
"O desempenho do comércio exterior da América Latina e o Caribe reflete a fraca conjuntura econômica mundial", que este ano deve se expandir 2,5%, acrescenta o documento apresentado nesta terça-feira na sede da Cepal em Santiago.
O valor das importações, contudo, se expandiria 4,5%, fazendo o superávit comercial da região, que alcançou 41 bilhões de dólares em 2012, se reduzir a 8 bilhões de dólares em 2013.
A Cepal prevê que "o México e a América Central, cujas vendas externas se dirigem principalmente aos Estados Unidos, sejam beneficiados pela incipiente recuperação deste país". Contudo, "o lento crescimento europeu freará as exportações de alguns dos países sul-americanos que estão mais orientados a este mercado", acrescenta a Cepal.
Os países da América Latina e do Caribe cujas exportações se orientam à China e ao restante da Ásia, "provavelmente terão um maior crescimento em volume mas, ao mesmo tempo, uma mudança gradual na demanda de produtos básicos para os mais elaborados".
Por país, Paraguai e Uruguai registrariam os maiores aumentos do valor exportado em 2013 (33% e 14%, respectivamente), pela forte expansão de suas exportações de soja e carne. No entanto, países como Peru e Guatemala registrariam quedas no valor de suas exportações, de 7% e 5% respectivamente.