O brasileiro contou com o apoio do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além dos países de língua portuguesa e várias nações na América Latina, na Ásia e na África.
Diplomata de carreira e representante permanente do Brasil na OMC desde 2008, o embaixador está diretamente envolvido em assuntos econômicos e comerciais há mais de 20 anos. Ele foi chefe do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, de 2005 a 2006, e liderou a delegação brasileira nas negociações da Rodada Doha da OMC, sobre liberalização de mercados.
Na eleição da OMC, cada um dos 159 países que integram o órgão votou no nome de sua preferência. Para vencer, era preciso ter um mínimo de 80 votos e obter o consenso entre as nações. A escolha é feita em três etapas. Nessa eleição, houve, inicialmente, nove candidatos. Na última fase, ficaram apenas dois na disputa.
O processo de eleição para a OMC começou no final de março, com nove candidatos. No final de abril, a OMC comunicou que tinham passado à fase final apenas os candidatos do Brasil e do México. A presidenta Dilma Rousseff e o presidente do México, Enrique Peña Nieto, participaram diretamente das negociações, dando telefonemas e conversando com os líderes mundiais.