Jornal Correio Braziliense

Economia

Azevêdo assume OMC e se diz otimista sobre negociações entre países-membros

O discurso oficial de Azevêdo, que substituiu o francês Pascal Lamy, só ocorrerá no próximo dia 9, mas o brasileiro já sinalizou que a Rodada Doha é o principal desafio do mandato de quatro anos



Em um comunicado publicado no site da OMC, Azevêdo lembrou que as tensões econômicas que marcaram os últimos anos dificultaram as negociações. A Rodada Doha, lançada em 2001, tem sido um impasse desde o início da crise frustrando tentativas de acordo e levando alguns governos a explorar outras vias de abertura comercial e novas regras.

;Os membros da OMC têm identificado algumas áreas importantes da Rodada Doha onde o acordo está ao nosso alcance. Esta é apenas uma pequena parte do pacote global de Doha, mas acordo sobre essas questões será uma oportunidade para ajudar a desbloquear outras áreas das negociações. Também vai fornecer aos negociadores a tão necessária confiança que ainda podemos alcançar resultados negociados multilateralmente se houver vontade política;, destacou.

Azevêdo disse que a conferência em Bali é uma prioridade imediata, mas lembrou que a OMC tem outras questões importantes para buscar, como a solução de controvérsias, adesões, o desenvolvimento e o monitoramento e revisão de políticas comerciais. Segundo ele, independentemente do resultado, em Bali, a OMC e seus membros terão de enfrentar a inevitável pergunta: "Qual será a próxima?". ;Mas o que é evidente para todos é que as opções disponíveis sejam consideravelmente mais ricas e diversificadas, no caso de as negociações em Bali serem bem-sucedidas;, afirmou na nota.