Para o diretor-geral do SFB, Antônio Carlos Hummel, é necessário dar uma solução urgente para economia madeireira na Região Amazônica. ;É fundamental nesse fortalecimento do setor florestal discutir medidas que efetivamente garantam que a produção vem de áreas sob manejo. Um dos aspectos importantes é criar instrumentos econômicos que favoreçam quem faz manejo florestal e desfavoreçam quem trabalha na ilegalidade. Isso pode ajudar no combate ao desmatamento na região,; disse Hummel.
Segundo ele, discute-se muito sobre a Floresta Amazônica do ponto de vista do desmatamento. O diretor do SFB espera que se amplie a discussão para a valorização da floresta em pé. ;O SFB e o ministério esperam construir políticas públicas que beneficiem o manejo e as concessões florestais, para que se tenha uma economia madeireira sustentável;, disse Hummel.
O SFB está com três editais abertos de concessão com mais de 1 milhão de hectares nas florestas de Altamira, do Crepori e do Amana, todas no Pará. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial. ;Essas áreas manejadas podem ser objeto desses incentivos econômicos para manter a floresta em pé e gerar renda e emprego na Região Amazônica;, destacou Hummel. As concessões florestais de Jamari, em Rondônia, e de Sacará-Taquera, no Pará, já estão em operação e abrangem uma área de cerca de 145 mil hectares.
Roberto Waack, presidente da Amata, empresa que atua em toda a cadeia da madeira - da produção até a comercialização - disse que as desonerações vão incentivar a madeira legal e certificada. ;Uma das questões centrais relacionadas ao setor madeireiro é a competição com quem está na ilegalidade, que não é tributado;, destacou. A Amata é uma das empresas concessionárias que atua na Floresta Nacional de Jamari, em uma área de 46 mil hectares.