A economia do governo para o pagamento dos juros da divida pública, o chamado superavit primário, atingiu 1,91% do Produto Interno Bruto (PIB), em julho, no acumulado em 12 meses. O número representa uma queda de 0,09 ponto percentual em relação ao resultado apresentado em junho. Isso decorreu de um deficit de R$ 1,5 bilhão dos estados e municípios, que, diante de dificuldades orçamentarias, não conseguiram fechar as contas no azul no sétimo mês do ano.
[SAIBAMAIS]O resultado primário é uma média do esforço fiscal do governo federal, estados, municípios e empresas estatais, exceto Petrobras e Eletrobras, que foram excluídas do calculo por serem muito grandes. Todos os meses, o conjunto dos governos tende acumular uma reserva financeira para pagar compromissos assumidos com credores. Em 2013, até julho, o resultado dessa conta ficou negativo em R$ 87 bilhões, um acréscimo de R$ 29,8 bilhões em relação ao deficit nominal registrado nos sete primeiros meses de 2012.
Comparativamente ao PIB, o deficit alcançou 3,0% no acumulado do ano, uma alta de 0,18 ponto percentual sobre o resultado apresentado em junho. O governo tem encontrado dificuldades em cumprir a meta de superavit primário para o ano, uma vez que o crescimento econômico ainda não foi forte o suficiente para que as receitas obtidas superassem o custeio da máquina pública.