A elevação da taxa básica de juros (Selic) para 9% ao ano, sob a justificativa de conter a inflação, é vista pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) como um ;remédio amargo cuja eficácia é duvidosa, enquanto o prejuízo à economia é mais do que certo;.
Em nota divulgada logo depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciar o aumento da Selic, o presidente da Abad, José do Egito Frota Lopes Filho, disse que as justificativas para o aumento ;não contemplam a elevação de preços dos serviços, que compõem a inflação e respondem lentamente a qualquer medida governamental;.
Ele destaca o clima de incerteza sobre a capacidade de o governo lidar com os aspectos fiscais e tributários que compõem o ;custo Brasil;, enquanto ;as empresas são penalizadas com custos mais altos e maior dificuldade nos financiamentos, retardando novos investimentos;.
A Abad sugere que em vez de procurar atenuar os sintomas, promova-se medidas concretas em relação aos problemas estruturais do país. Sem isso, acrescenta, ;teremos a economia patinando;, com risco de ver jogadas no lixo conquistas importantes que permitiram os avanços recentes.