Para cada R$ 1 investido no combate ao trabalho infantil e adolescente, há o dobro de retorno, segundo estudo da Fundação Telefônica Vivo, em conjunto com a Consultoria Tendências, como parte da contribuição dO Grupo Telefônica ao IV Encontro Internacional sobre Trabalho Infantil, que ocorreu no domingo (25/8), em São Paulo. A pesquisa estima que as políticas de erradicação do trabalho de crianças abaixo de 12 anos e de jovens com menos de 18 anos, no Cone Sul, de 2006 a 2026, deverão trazer benefícios totais de US$ 77,1 bilhões.
No Brasil, a maior parte das crianças e adolescentes ocupados está nas regiões Nordeste e Sudeste. Geralmente são meninos primogênitos e afrodescendentes. Eles, mesmo quando têm semelhante nível educacional dos adultos e desempenham a mesma atividade econômica, ganham muito menos e não recebem benefícios trabalhistas, pois a pesquisa constatou que 68,8% dos adolescentes entre 16 e 17 anos não tem carteira assinada.
Ainda segundo o estudo, no Brasil e no Paraguai, as principais atividades infantis estão relacionadas à agricultura. No Chile, Argentina e Uruguai, está ligado ao comércio. A boa notícia é que, do início dos anos 1990 para cá, uma série de medidas de enfrentamento ao traalho infantil no Brasil, contribuiu para a redução das estatísticas. De 1990 a 2011, o número de crianças e adolescentes ocupados caiu 44,6%. Ainda assim, ainda existem 3,67 milhões de crianças nessa situação, muitas em condições degradantes.