A falta de recursos para tocar projetos de desenvolvimento de políticas públicas para a cultura afrodescendente foi destacada nesta quinta-feira (22/8) pelo presidente da Fundação Palmares, Hilton Cobra, durante evento comemorativo dos 25 anos da entidade. ;Visibilidade e riqueza absoluta dessas culturas nós temos. Mas o que nós precisamos é de uma coisa muito simples, dinheiro. E aí podemos fazer um apanhado dessas políticas públicas e ver o que pode ser feito de forma rigorosa e responsável;, disse.
Hilton Cobra comemorou a iniciativa da construção de um museu da cultura negra, conforme anunciado em abril pela ministra da Cultura, Marta Suplicy. Para ele, é importante um museu como esse, na capital do país, a título de reconhecimento da cultura negra pelo governo.
Nesta quinta feira, a entidade reuniu, em Brasília, alguns de seus ex-presidentes para um debate sobre a fundação. Cada um narrou suas experiências no comando da entidade. Carlos Moura, primeiro presidente, destacou a força de vontade para continuar lutando pela cultura afrodescendente e contra o racismo.
;Se não fossem nossas tradições, a nossa vontade de construir dentro da administração pública federal uma entidade que pudesse lutar pela preservação dos nossos valores, nós não estaríamos aqui neste momento;, disse. Muito aplaudido, Moura ainda sugeriu políticas voltadas para a criação de delegacias especializadas no combate ao racismo, além da capacitação de professores no ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, conforme prega a Lei 10.639/03.
As celebrações do aniversário da Fundação Palmares continuam em várias capitais: Brasília, São Paulo, Recife, Salvador, São Luis, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Cuiabá, Alagoas e Vitória receberão eventos culturais e debates sobre a cultura negra. Maiores informações podem ser encontradas no endereço: http://www.palmares.gov.br/wp-content/uploads/2013/08/Palmares-25-Anos_Programa%C3%A7%C3%A3o1.pdf.