Jornal Correio Braziliense

Economia

Dono da Barnes and Noble nega que vai recomprar suas lojas

Grupo anunciou nesta terça-feira uma perda de 87 milhões de dólares, uma cifra duas vezes maior que no mesmo período do ano anterior

O presidente do conselho de administração da rede de livrarias Barnes and Noble, Leonard Riggio, retirou sua oferta para compra das lojas e sites do grupo que fundou, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira (20/8).

Riggio "disse ao conselho de administração que não previa realizar uma oferta pelo negócio varejista", como declarou em fevereiro. Neste documento, informa, contudo, que "se reserva o direito de fazer uma oferta no futuro".

"Nossa prioridade neste instante deve ser a de servir a mais de 10 milhões de clientes que possuem (um tablet) Nook, nos concentrar no reforço de nossa atividade varejista e acelerar as vendas de produtos Nook em nossas lojas" e outros lugares, especialmente online, acrescentou Riggio.

Em uma conferência de analistas em relação à publicação de seus resultados trimestrais, Michael Huseby, presidente da divisão Nook, disse que Riggio "apoia ativamente nossa visão de uma empresa mais integrada e permanece muito envolvido na supervisão estratégica da empresa".

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O grupo anunciou nesta terça-feira uma perda de 87 milhões de dólares, uma cifra duas vezes maior que no mesmo período do ano anterior, devido a uma queda de suas vendas mais rápido que a redução de seus custos no primeiro trimestre de seu exercício fiscal, que encerrou no dia 27 de julho.

A queda das vendas da divisão Nook foi particularmente acentuada (-20%), seguida pelas das lojas varejistas (-10%), enquanto as atividades da livraria universitária registraram uma alta do volume de negócios de 2,4%.

[SAIBAMAIS]
Barnes and Noble, que opera 674 livrarias nos Estados Unidos assim como uma loja online, vê como suas perdas se aceleram: perdeu 119 milhões de dólares do total de seu exercício anterior, duas vezes mais que há um ano.

Em julho, o grupo anunciou a demissão com efeito imediato de seu diretor geral, William Lynch, que estava no posto há três anos.

O sucessor não foi nomeado, o que dá o controle operacional do grupo a Riggio.