Jornal Correio Braziliense

Economia

Dólar mantém alta e fecha o dia cotado a R$ 2,41

Moeda norte-americana teve uma valorização de 0,83% nesta segunda-feira

Mesmo com o Banco Central realizando três leilões de swap cambial, a moeda norte-americana manteve a tendência de alta e fechou esta segunda-feira (19) em alta de 0,73%, sendo cotada a R$ 2,41. Trata-se do maior valor do dólar desde março de 2009.

Na máxima do dia, a cotação chegou a atingir R$ 2,4241, por volta das 15h10. O câmbio então perdeu um pouco de ritmo nas horas seguintes, mas permaneceu acima de R$ 2,40. No ano, o câmbio subiu 17,96%. Apenas em agosto, o dólar registrou aumento de 5,85%.

Pela manhã, o Banco Central vendeu US$ 1,987 bilhão no mercado futuro para conter a alta da moeda norte-americana. Mesmo assim, a ação da autoridade monetária não surtiu efeito. A cotação chegou a cair para R$ 2,3906 por volta das 10h40, mas voltou a subir depois das 11h.

Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências devido à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos.



A instabilidade piorou depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, em 19 de junho, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano caso a economia americana continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.

Nos últimos meses, o governo brasileiro tem adotado medidas para conter a valorização do dólar. Além de vender a moeda no mercado futuro, o Banco Central retirou parte do compulsório sobre as apostas de que o dólar vai cair e eliminou restrições de prazos para que os exportadores financiem antecipações de pagamentos.

A equipe econômica também retirou barreiras à entrada de capitais estrangeiros no país. O Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. A venda de moeda estrangeira no mercado futuro também ficou isenta de IOF.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,26%, com 51.404 pontos sendo negociados. Já o euro fechou em R$ 3,22.

Com informações da Agência Brasil