Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo fecha com forte queda em Nova York a U$105,30 o barril

Barril de "light sweet crude" (WTI) para setembro caiu 1,26 dólar a 105,30 dólares, no New York Mercantile Exchange (Nymex)

NOVA YORK - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam com forte queda nesta terça-feira (6/8) em Nova York, em sintonia com o desempenho de Wall Street, em um mercado que aguarda da publicação dos reservas semanais prevista para quarta-feira.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para setembro caiu 1,26 dólar a 105,30 dólares, no New York Mercantile Exchange (Nymex).

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte, para a mesma data de entrega, caiu U$0,52 a U$108,18.

A fragilidade do mercado de ações "anima os investidores a sair do mercado" petroleiro, lembrou Tim Evans, de Citi.

[SAIBAMAIS]


Os principais índices do mercado financeiro de Nova York evoluíam em queda, após o começo do dia, afetados por comentários de um membro do Federal Reserve (Fed, banco central).

O presidente do Fed em Chicago, Charles Evans, disse que não descarta a ideia de uma diminuição da compra de títulos realizada pela entidade para ajudar a economia.

Leia mais notícias em Economia

Estas medidas estimularam os investimentos nos ativos mais perigosos, como as matérias-primas.

Os preços também foram afetados pela perspectiva de um mercado com bom fornecimento, com a retomada da produção na Líbia e em uma importante jazida de petróleo no Mar do Norte.

O governo líbio anunciou nesta segunda-feira um retorno progressivo à normalidade nos diferentes campos de exploração no oeste do país, que permaneciam fechados devido a um movimento de protesto.

Paralelamente, "a produção de petróleo da jazida petrolífera de Buzzard no Mar do Norte (de uma capacidade de 200.000 barris por dia) foi retomada na noite anterior, após ser suspensa durante cinco dias para manutenção", disseram os analistas do Commerzbank.

Quanto à demanda, os investidores antecipam uma redução das reservas de petróleo norte-americanas, um dia antes da publicação do relatório oficial do Departamento de Energia.

Segundo as primeiras estimativas, as reservas poderiam cair a seu nível mais baixo em seis meses. A queda geralmente é bem recebida pelos investidores, que veem nela um sinal do vigor da demanda energética do primeiro consumidor mundial de petróleo.