Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo fecha com forte alta em Nova York a U$105,03 o barril

O petróleo cotado em Nova York abriu com lucros e, apesar de algumas oscilações durante o dia, consolidou a tendência e fechou com forte alta

NOVA YORK - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam com forte alta nesta quarta-feira (31/7) em Nova York, impulsionados por uma melhora das perspectivas para a demanda, após a divulgação na manhã de indicadores estimulantes para a economia norte-americana.

O barril "light sweet crude" (WTI) para entrega em setembro subiu 1,95 dólar a 105,03 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).

O petróleo cotado em Nova York abriu com lucros e, apesar de algumas oscilações durante o dia, consolidou a tendência e fechou com forte alta, em um contexto de otimismo do mercado.

"Nos encontramos em um período de crescimento econômico (nos Estados Unidos) e enquanto a economia continuar crescendo, o mercado de petróleo vai continuar em alta", disse Carl Larry, da empresa Oil Outlook and Opinions.

Pela manhã, o mercado recebeu com surpresa a publicação de uma série de indicadores positivos para a economia norte-americana, que favorecem a demanda no país, maior consumidor de petróleo do mundo.

O produto interno bruto (PIB) no segundo trimestre cresceu mais que o previsto, com uma expansão de 1,7%, frente ao avanço de 1,1% do primeiro trimestre.



Na frente do emprego, um setor chave para os investidores, o relatório mensal da firma de serviços informáticos ADP mostrou um aumento das contratações líquidas, acima das expectativas do mercado, a 188.000 novos postos.

No entanto, o comunicado do Federal Reserve dos Estados Unidos publicado pouco antes do fechamento do mercado de petróleo, após uma reunião de dois dias, "teve pouco impacto no mercado", destacou Steven Shork, analista independente do Shork Report.

O Federal Reserve reiterou sua intenção de manter uma política monetária expansiva que combine baixas taxas de juros com compras de títulos do Tesouro, um pacote que estimula todos os mercados.

Quanto à oferta, o inesperado aumento das reservas de petróleo na semana passada nos Estados Unidos, após quatro semanas consecutivas de queda, teve um impacto limitado no mercado.

As reservas do complexo de refinaria e distribuição de Cushing (Oklahoma), onde é armazenado o petróleo que serve de referência ao WTI, registraram queda de 2 milhões de barris.

Shork destacou que isso "preocupa um pouco o mercado sobre os níveis de fornecimento de petróleo". As reservas, que caíram 30 milhões de barris nas quatro semanas anteriores, inverteram a tendência e subiram em 400.000 barris a 364,60 milhões de barris (mb) na semana encerrada no dia 26 de julho, segundo os dados do Departamento de Energia (DoE).

As reservas de produtos destilados (entre elas o diesel e o combustível para calefação) caíram 500.000 barris a 126,0 mb, quando os analistas esperavam um avanço de 600.000 barris.

As reservas de gasolina, acompanhadas de perto durante a temporada de verão e de grandes viagens de carro, aumentaram 800.000 barris a 223,5 mb. Os especialistas esperavam neste caso uma queda de 700.000 barris. Trata-se de 7,5% a mais que no mesmo período do ano passado.