Jornal Correio Braziliense

Economia

Oferta de crédito sobe 1,8% em junho, de acordo com o Banco Central

No trimestre, a elevação já sobe 4,3%, e, em 12 meses, o acumulado é de 16,4% de alta

O estoque das operações de crédito do sistema financeiro nacional atingiu a casa dos 2,531 trilhões de reais em junho, uma alta de 1,8% sobre maio. No trimestre, a elevação já sobe 4,3%, e, em 12 meses, o acumulado é de 16,4% de alta.

As taxas de juros com recursos livres foram de, em média, 26,5% ao ano, uma alta de 0,7% sobre maio. Nesse quesito, todas as taxas subiram, exceto na comparação em 12 meses, em que houve queda de 0,6%.

Os spreads praticados pelos bancos, que são a diferença entre o custo do dinheiro captado e a taxa cobrada do cliente final, tiveram leve queda em junho, de 0,3% nos recursos livres. Em media, o spread neste tipo de operação foi de 16,7%, uma das maiores taxas cobradas em todo o mundo.

Em junho, os prazos das concessões de empréstimos, que refletem a disponibilidade do sistema financeiro em esticar as linhas para o tomador final, também apresentaram um leve recuo, de 0,7%, nos recursos livres.



Em média, os empréstimos praticados pelo sistema financeiro, que incluem linhas a pessoas físicas e pessoas jurídicas, foi de 38,4 meses, em junho.

Com recursos direcionados, que são, sobretudo, empréstimo de bancos públicos para grandes empresas, esse prazo foi de 155,2 meses, o que, apesar de parecer muito, representou uma queda no mês de 11,1%. Quanto menor esse prazo, pior para as empresas não financeiras, que tem uma maior dificuldade de colocar em prática projetos de investimentos necessários para aumentar a capacidade produtiva.

Apesar deste recuo nos prazos de concessão, a inadimplência no sistema financeiro reduziu em junho, em 0,3% das operações com recursos livres. Ao todo, o percentual de calotes nestas operações foi de 5,2% em junho, o menor resultado desde dezembro de 2011.