Jornal Correio Braziliense

Economia

Corte de gastos de R$ 10 bilhões anunciado por governo cai na descrença

Dados da Contas Abertas mostram que o dispêndio com pessoal e com encargos sociais não para de crescer

O corte de gastos anunciado ontem pelo governo caiu na descrença. Quase tudo do contingenciamento de R$ 10 bilhões não passa de revisão de despesas. E pior: o pouco que pode realmente ser ajustado, segundo especialistas, tem grandes chances de ficar apenas no discurso ; a lista do que tem condições de passar pela tesoura é a mesma de anos anteriores, uma promessa repetida à exaustão e que nunca se concretizou. Dados da entidade sem fins lucrativos Contas Abertas mostram que o dispêndio com pessoal e com encargos sociais ; como seguro desemprego, diárias de hotéis e passagens ;, apesar da intenção de poupar do poder público, não para de crescer.

Apenas no primeiro semestre de 2013, o gasto com pessoal e com encargos chegou a R$ 108 bilhões, ante R$ 107,6 bilhões no mesmo período do ano passado. Os recursos destinados a passagens e diárias para servidores também avançaram: passaram de R$ 872,5 milhões (nos primeiros seis meses de 2012) para R$ 942,4 milhões. O seguro desemprego foi outro item que pesou mais nos cofres públicos entre o ano passado e 2013 ; R$ 13,6 bilhões e R$ 14,4 bilhões, respectivamente. ;Cerca de 79% do corte anunciado foi erro de previsão do governo. O efeito desse ajuste é nulo;, disse Gil Castello Branco, economista da Contas Abertas.

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