A pesquisa da CNC também apontou que o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou em julho deste ano tanto na relação com junho quanto com o mesmo mês de 2012. Os inadimplentes passaram de 20,3% em junho para 22,4% em julho deste ano. Em 2012, o percentual era de 21%. "Do total, 7,4% dos pesquisados disseram que não terão condições de honrar seus compromissos", destaca Fernandes.
O cartão de crédito e o cheque especial continuam sendo as principais dívidas dos brasileiros, mas aumentaram significativamente as dívidas com financiamento de carros e de imóveis, o que, segundo o economista da CNC, é um bom sinal. "Quando o consumidor troca dívidas de curto prazo no comércio varejista, por financiamentos de longo prazo, como a compra de um imóvel ou um carro, ele está pagando juros mais baixos e adquirindo bens mais duráveis, que podem dar retorno depois", afirmou.
O levantamento da CNC registrou aumento nos financiamentos de veículos, de 9,4%, em julho do ano passado, para 12,1% em julho deste ano. A mesma coisa ocorreu com imóveis, aumentando de 3,6%, em 2012, para 5,9% em julho de 2013. Enquanto isso, o endividamento com carnês, por exemplo, diminuiu de 19,4% no ano passado, para 17,9% em julho deste ano.
O economista alerta, contudo, que é preocupante o nível de endividamento, principalmente porque a tendência é de alta nos juros até o final do ano. "A inflação já corroeu o poder de compra dos salários, agora o crédito vai ficar mais caro, é preciso cautela. Julho registrou o patamar mais alto de endividamente deste ano", aponta.
A Peic coleta dados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.