Sem dinheiro sobrando, os brasileiros só têm ido às ruas para protestar. A inflação e o endividamento das famílias corroeram o poder de compra e tombaram o comércio. Na quinta-feira (11/7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforçou a estagnação do setor ao divulgar que o varejo teve o pior maio desde 2009. Nem o Dia das Mães ; considerada a segunda melhor data para os comerciantes ; garantiu aumento nas vendas, que se mantiveram estáveis ante o mês anterior.
Dos 10 segmentos pesquisados, seis apresentaram retração na comparação mensal. O desempenho só não foi pior porque, mesmo com a alta dos preços, os supermercados venderam 1,9% a mais, ajudando a receita nominal do comércio a avançar pífios 0,7%. Quando se excluem os dados de automóveis e materiais de construção, a desacelaração vem desde novembro de 2012, quando o indicador atingiu alta de 8,64%.