Apesar do discurso otimista do governo, ninguém mais acredita na possibilidade de o crescimento econômico deste ano ser igual ou superior a 3%. Com a indústria capengando, o consumo das famílias perdendo força e os investimentos produtivos escasseando, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu, pela segunda vez em três meses, a estimativa de expansão para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 e de 2014. Em vez de incremento de 3% e 4%, respectivamente, agora o organismo fala em aumento de 2,5% e de 3,2%, números ainda considerados otimistas pelo mercado.
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Nas contas do FMI, mais uma vez, o Brasil crescerá abaixo da média mundial, ainda que a expansão do PIB global também tenha sido revista para baixo: neste ano, a estimativa cedeu de 3,3% para 3,1%; em 2014, de 5,3% para 5%. No entender dos economistas do Fundo, o planeta está encarando as ;dores do crescimento;, título do documento no qual descreve um quadro mais difícil para as economias emergentes. Brasil, Rússia e China, particularmente, são os principais responsáveis pela perspectiva pessimista. No ano que vem, a situação só não será pior graças ao desempenho dos países ricos, em especial os Estados Unidos e os da Zona do Euro.