Jornal Correio Braziliense

Economia

CNA defende incentivo permanente e revisão do preço mínimo para o feijão

Atualmente, o preço mínimo praticado é de R$ 72 por saca de 60 quilos. Segundo a confederação, o valor é abaixo do custo estimado que varia entre R$ 80 e R$ 100 por saca

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende a adoção de medidas que incentivem a produção nacional de feijão de forma definitiva. Para a entidade, a decisão temporária da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de zerar a alíquota de importação do feijão ;dificilmente vai conseguir amenizar a elevação dos preços do produto no mercado interno;. Em nota, a CNA defendeu a revisão do preço mínimo de garantia do produto, baseado no custo de produção, com o intuito de garantir o equilíbrio entre oferta e demanda. Atualmente, o preço mínimo praticado é de R$ 72 por saca de 60 quilos. Segundo a confederação, o valor é abaixo do custo estimado que varia entre R$ 80 e R$ 100 por saca.

[SAIBAMAIS]A entidade propõe, ainda, que haja investimento em pesquisa de cultivares mais produtivas e resistentes a pragas e doenças. Segundo a CNA, na temporada atual, a produtividade das lavouras em importantes regiões do país foi afetada pela ocorrência de mosca branca. A confederação propõe, também, a adoção de medidas de estímulo à produção de feijão irrigado e a melhoria de seguro rural. Na avaliação da CNA, o aumento dos estoques nacionais de feijão, que se mantém em boa qualidade quando armazenado, é um dos itens da lista de propostas do setor produtivo para solucionar, de forma definitiva, o problema de abastecimento interno.



A confederação defende o estímulo de plantio de feijão em médias e grandes propriedades a partir dos instrumentos de apoio à comercialização, entre eles os contratos de opção e as Aquisições do Governo Federal (AGF). A safra 2012/2013 é estimada em 2,84 milhões de toneladas. Para a CNA, enquanto a produção nacional tem caído nos últimos anos, o consumo é crescente e está estimado em 3,4 milhões de toneladas em 2013. Segundo a CNA, o volume importado não consegue atender a 10% da demanda nacional. Além disso, o produto importado não é apreciado por grande parte dos brasileiros, que preferem o feijão carioca (marrom). O produto importado é, na maior parte das vezes, preto.