Jornal Correio Braziliense

Economia

Crédito deve crescer 15% este ano, com redução de ritmo em relação a 2012

O aumento na projeção, em relação ao previsto em março, é explicado pelo continuidade da expansão do crédito com recursos direcionados

O crédito continua a crescer no país, mas com moderação, de acordo com avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. A expectativa do BC é que o crédito apresente expansão de 15% este ano, contra 14% previstos em março. Essa expansão será menor do que a do ano passado (16,2%).

[SAIBAMAIS]O aumento na projeção, em relação ao previsto em março, é explicado pelo continuidade da expansão do crédito com recursos direcionados (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura). Para o crédito direcionado, a estimativa de crescimento do BC para o ano passou de 16% para 20%. No ano passado, o crédito direcionado cresceu 20,5% em relação a 2011.

De acordo com Maciel, os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o financiamento habitacional ;são os principais responsáveis por essa revisão; nas projeções para o crédito direcionado.



Segundo Maciel, as famílias estão tomando mais crédito para investimentos, ou seja, financiamento habitacional, e reduzindo empréstimos para consumo. ;O crédito para investimento mostra maior vigor;, disse. Além disso, de acordo com Maciel, há moderação nas modalidades de crédito com custo mais elevado, como cheque especial. ;A gente observa, na parte de pessoa física, há uma certa migração de modalidades com taxas mais elevadas para outras com custo menor, o que é o caso do consignado [com desconto em folha de pagamento];, disse.

Já a estimativa para a expansão do crédito com recursos livres caiu de 13% para 11%, este ano. Em 2012, o crédito livre apresentou crescimento de 13,9%.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, o crédito total do sistema financeiro deve chegar a 56%, contra 55% previstos em março. No ano passado, o crédito correspondeu a 53,5% do PIB.