A disparada do dólar, sem sinais de recuo a curto prazo, deixou apreensivos os brasileiros com viagem marcada para o exterior em julho. Com casas de câmbio cobrando até R$ 2,45 pela moeda norte-americana, o passeio de férias certamente ficará mais caro, o que tem obrigado muita gente a refazer as contas e até a rever planos, como suspender os passeios. Na média, o dólar turismo foi negociado ontem a R$ 2,373, com alta de 3,17%.
Educadores financeiros consultados pelo Correio são unânimes em alertar sobre o risco de, neste momento, fazer dívidas em dólar. ;Se a viagem for a lazer e ainda não estiver fechada, o melhor é adiá-la;, orienta o presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abef), Edmilson Lyra, que culpa a facilidade de crédito e o consumo irresponsável pelo endividamento recorde das famílias.
Para quem estiver com passagens compradas, a dica é tentar levar, em espécie e em cartões pré-pago, toda a quantia a ser gasta durante o passeio. ;O cartão de crédito deve ser usado somente em caso de emergência. Além de os gastos serem atualizados diariamente, o total dos débitos ainda é acrescido de 6,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras);, disse o educador financeiro Mauro Calil.