As intervenções do Banco Central (BC), que ofertou dólares no mercado futuro, não conseguiram conter a alta da moeda norte-americana. O dólar comercial fechou esta terça-feira (18/6) em R$ 2,1782 para venda, com alta de 0,56% e no maior nível desde 30 de abril de 2009.
Esta foi a terceira sessão seguida em que a moeda norte-americana encerra em alta. A princípio, a cotação caiu com as atuações seguidas do Banco Central. Pela manhã, a autoridade monetária vendeu US$ 4,49 bilhões em leilões de swap cambial tradicional (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro) depois que o dólar chegou a R$ 2,1832, na máxima do dia.
[SAIBAMAIS] Depois das operações do BC, o dólar chegou a cair a R$ 2,1605, por volta das 13h20. No entanto, a cotação voltou a subir nas horas seguintes, até se aproximar de R$ 2,18 no fim da sessão.
Mais cedo, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que o Brasil está preparado para a alta do dólar. Segundo ele, o câmbio flutuante protege as reservas internacionais dos choques externos. Tombini ressaltou que as pressões sobre o dólar intensificou-se com a reunião do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano.
Hoje e amanhã, os diretores do Fed discutem se retiram os estímulos monetários que sustentaram os Estados Unidos nos últimos anos por causa da recuperação da economia do país. Com menos dólares em circulação, a moeda norte-americana fica mais cara em todo o planeta.