;A intensidade dos choques não foi desprezível. Em junho de 2012, o IPCA acumulado em 12 meses estava em 4,9%. Todos os índices estavam em trajetória declinante. Na época, o Banco Central projetava que a inflação fecharia o ano em 4,7%, mas os choques empurraram os índices para cima;, explicou.
Tombini negou ainda ter havido falhas na comunicação do Banco Central no período de disparada da inflação, no início do ano. Ele destacou que as atas das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) indicaram que a autoridade monetária estava preocupada com os preços.
;Em janeiro, o Banco Central explicitou a preocupação com inflação e não compartilhou a hipótese de que cortes adicionais dos juros seriam desejáveis. Em março, sinalizamos que, num futuro próximo, ocorreriam aumentos na Selic [juros básicos da economia]. Em abril, iniciamos um ciclo de ajuste [aumento] na Selic, que se intensificou em maio;, destacou.
O presidente do Banco Central ressaltou ainda que, no fim deste mês, o órgão divulgará as novas previsões oficiais para a economia brasileira no Relatório de Inflação. Ele não adiantou números, mas disse que a previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) ficará ;ao redor de; 3% neste ano. No último documento, a estimativa estava em 3,1%.