Jornal Correio Braziliense

Economia

Após dois meses de queda, arrecadação cresce 0,07% em abril

Desempenho das receitas federais ainda é 0,34% menor do que foi em 2012. Assim, a arrecadação ainda não iniciou a trajetória de retomada como previa o governo

O recolhimento federal de tributos e impostos registrou leve alta de 0,07% em abril, resultado que ainda não conseguiu colocar a arrecadação em campo positivo em 2013. Após duas quedas consecutivas, registradas em fevereiro e março, o desempenho das receitas federais ainda é 0,34% menor do que foi de janeiro a abril de 2012. Naquele período, os cofres públicos haviam registrado ingresso de R$ 349,477 bilhões.

Neste ano, o número é de R$ 370,444 bilhões, o que, apesar de representar um alta nominal de 6%, indica uma queda real (descontada a inflação no período) de 0,34%. Este número é o menor já registrado nos quatro primeiros meses de 2013, o que indica que a arrecadação ainda não iniciou a trajetória de retomada como previa o governo. Em abril, foram registrados R$ 98,713 bilhões, contra R$ 92,628 bilhões registrados no mesmo mês de 2012.



O governo apostava que abril seria o mês de retomada da arrecadação, uma vez que, em março, houve o pior resultado proporcional do desempenho das receitas em 12 meses. Técnicos da equipe econômica contavam que, após chegar ao fundo do poço, o recolhimento de tributos e impostos teria uma trajetória mais estável, o que ainda não é possível confirmar.

O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, irá comentar os resultados da arrecadação. Existe expectativa de que ele informe também a previsão para o desempenho total do recolhimento de tributos ao longo de 2013, o que ainda não ocorreu devido ao atraso do Congresso em votar o Orçamento Federal e as implicações que a demora provocou nas análises feitas por técnicos das equipes econômicas dos parâmetros de Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO). Em 2012, o governo havia previsto arrecadar até 3,5% a mais do que no ano anterior, já descontando a variação da inflação. Entretanto, este resultado foi de menos de 1%, o que colocou em xeque a credibilidade das análises econômicas do governo.