Roma - O mercado mundial de luxo segue alheio à crise e crescerá este ano entre 4% e 5%, com picos de 12% na América Latina e de 20% em Ásia-Pacífico, anunciou nesta quinta-feira (16/5) a fundação italiana Altagamma, que se baseia em um estudo da empresa Bain and Company.
"As perspectivas do mercado mundial são positivas, apesar da fragilidade de muitas economias do mundo e de uma leve desaceleração do ritmo no primeiro trimestre de 2013", anunciou a Altagamma em um comunicado. O mercado de luxo movimentou no ano passado 212 bilhões de euros, 10% a mais do que no ano anterior.
O presidente da fundação, Andrea Illy, lembrou que o peso do luxo na economia italiana representa "12% da indústria, 24% das exportações, 2% do PIB após um aumento de 8% em 8% anos, e um volume de negócios que se duplica a cada 10 anos". O setor de luxo segue crescendo "porque os clientes procuram um produto de qualidade", segundo Illy. De acordo com a Bain, em 2025 o mercado de luxo será cinco vezes maior do que em 1995.
Este ano, este mercado crescerá na Europa 4% devido à "desaceleração do fluxo de turistas, em particular, procedentes do Japão". Neste país, o consumo interno volta a crescer e isso beneficiará o luxo (%2b5%), mas "as marcas têm problemas para seguir os comportamentos e preferências dos jovens, em constante mutação", segundo a Altagamma.
Nos Estados Unidos, "onde a confiança em alta dos consumidores sustenta o consumo interno", a Altagamma prevê um aumento de 7%. A América do Sul registrará um crescimento de 12%, impulsionado em boa parte pelo Brasil, apesar das taxas alfandegárias que comprometem os negócios.
Na China, a campanha anticorrupção de cunho nacionalista preocupa um pouco os grandes consumidores de produtos de luxo. Mas o país deve ter um aumento de 7% dos negócios neste mercado.
A região Ásia-Pacífico terá um crescimento de 20%, em particular na Austrália, graças à grande presença de turistas chineses. No Oriente Médio, o mercado movimentou 6,3 bilhões em 2012 e a previsão é de que cresça 5% este ano. Dubai representa 30% das vendas da região graças a sua capacidade para atrair os consumidores internos, assim como os russos, os indianos e os africanos.