[SAIBAMAIS]Durante toda a campanha, Azevêdo defendeu o multilateralismo e a retomada das negociações da Rodada Doha e da liberalização do comércio global, iniciada em 2001 e parada desde 2008, com o estouro da crise financeira global. ;Temos de encontrar uma solução. Isso vai destravar a OMC;, disse ele, reconhecendo que o organismo atravessa uma crise e que necessita recuperar a sua relevância.
O novo diretor-geral também destacou a importância da América Latina e disse que isso ajudou na sua eleição. ;Trata-se de uma região cada vez mais influente no comércio mundial. É um forte ator nas negociações. E eu acho que essa crescente participação nas negociações é uma consequência natural;, afirmou.
O desafio do engenheiro formado pela Universidade de Brasília (UnB) será enorme. ;O Azevêdo pegará a presidência da OMC em um momento delicado. Mas toda crise abre espaço para novos paradigmas. Ele poderá fazer história ou passar despercebido;, destacou o economista da agência de risco Austin Ratings, Felipe Queiroz. Para ele, a vitória brasileira na OMC é mais política do que econômica. ;Não deve mudar nada para o comércio nem para a economia do país. Ele apenas ganhará mais prestígio.;