Antes mesmo de assumir a CNseg oficialmente, Rossi deu início a um outro trabalho que deve marcar sua gestão: o diálogo com o poder público. O escritório da confederação na capital federal passou por reforma recentemente, e a estrutura deve ser ampliada ainda mais nos próximos meses. A intenção é, a partir de rodadas de negociação na Esplanada e no Palácio do Planalto, fortalecer o seguro garantia, principalmente para obras públicas. A proposta da nova diretoria é aumentar o porcentual de cobertura de 5% a 10% do valor dos projetos para 30%, podendo chegar a 45% nas construções maiores. Satisfeito com a interação do governo com o setor, Rossi defendeu que as seguradoras têm condições de assumir os riscos.
Embora avanços sejam inquestionáveis, o consumo de seguros no Brasil ainda deixa o país em 15; lugar no ranking mundial do setor. "A penetração ainda é muito aquém da capacidade das empresas", avaliou Rossi, ao apresentar os seguros como importante instrumento de poupança de longo prazo. De acordo com a CNseg, o mercado emprega atualmente cerca de 100 mil pessoas diretamente, sendo 40 mil funcionários das seguradoras e 60 mil corretores. "Atuamos de maneira complementar onde o Estado não tem condições de dar cobertura total", enalteceu Rossi. A cerimônia de posse do novo presidente está prevista para a noite desta terça-feira, com a presença das principais lideranças do setor.