Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em queda em Nova York nesta terça-feira (7/5) por realizações de lucros, após as fortes altas nos últimos dias, em um mercado prudente que antecipa uma alta das reservas de petróleo nos Estados Unidos.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em junho caiu 54 centavos a 95,62 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).
[SAIBAMAIS] Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com a mesma data de entrega fechou com forte queda a 104,40 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), de 1,06 dólar em relação ao fechamento das negociações eletrônicas de segunda-feira, feriado em Londres.
"Foi um dia relativamente tranquilo", destacou John Kilduff, da Again Capital.
"Uma série de movimentos de realização de lucros e a expectativa de uma nova alta das reservas de petróleo nos Estados Unidos", dado divulgado na quarta-feira, pressionaram a queda.
Os analistas projetam que o relatório semanal do Departamento de Energia norte-americano (DoE), considerado um termômetro da demanda de energia, mostre uma alta das reservas de petróleo de 1,4 milhão de barris para a semana encerrada no dia 3 de maio.
As reservas atingiram, na semana anterior, um máximo desde 1982, ano em que as autoridades iniciaram este registro.
O preço do barril de petróleo cotado em Nova York se mantém em um nível alto, 5 dólares abaixo do nível psicológico dos 100 dólares.
Contudo, para Kilduff, os operadores ainda precisam de mais dados positivos da economia para superar a barreira dos 100 dólares.
Nos últimos dias foram divulgados uma série de indicadores que têm sustentado a escalada dos preços, entre eles a inesperada queda do desemprego nos Estados Unidos, segundo dados oficiais divulgados na semana passada.
A cotação também foi sustentada nos últimos dias pelos temores de uma maior instabilidade no Oriente Médio. Em três dias o petróleo de Nova York subiu mais de 5 dólares, enquanto o petróleo cotado em Londres ganhou 6,5 dólares.
Israel lançou um ataque contra três posições militares ao norte de Damasco na semana passada, provocando 42 mortes.
"Os operadores temem que a instabilidade se estenda a outros países da região, por exemplo, a grandes produtores como Arábia Saudita", explicou Bob Yawger, de Mizuho Securities.