Jornal Correio Braziliense

Economia

Três em cada quatro europeus acreditam que crise vai se agravar em 2013

Estudo revela que os franceses são os campeões do pessimismo na Europa. Eles particularmente estão convencidos disso (85%, dos quais 23% acham que será "muito pior")

Paris - Três em cada quatro europeus acreditam que a crise em seu país vai piorar este ano, de acordo com uma pesquisa realizada pela Ipsos/CGI e solicitada pelo grupo Publicis, que fala em uma "situação sombria e um futuro sem perspectiva".

O grupo divulgou nesta terça-feira (7/5) um documento de 110 páginas, intitulado "Europa 2013, um continente à deriva", elaborado com base em um levantamento entre março e abril com 6 mil europeus (da França, Grã-Bretanha, Polônia, Itália e Espanha) pela Ipsos/CGI, e uma pesquisa qualitativa realizada com 400 europeus pelo FreeThinking, o laboratório de estudos da Publicis.

[SAIBAMAIS]"A situação é sombria, o futuro sem perspectivas, a confiança nas instituições nacionais prejudicada e a Europa institucional ausente. Mas o que é mais surpreendente é a divisão entre o norte e o sul", resume o presidente da Publicis, Maurice Lévy, na apresentação do estudo.



Para três em cada quatro europeus (75%), a crise em seu país vai piorar este ano, segundo a pesquisa. Os franceses estão particularmente convencidos disso (85%, dos quais 23% acham que será "muito pior"). "Nesse sentido, eles são os campeões do pessimismo na Europa, embora nenhum país esteja a salvo", diz o estudo.

"Os alemães também temem serem castigados pela crise europeia", e 73% acham que a situação em seu país vai piorar, enquanto os poloneses são os mais otimistas (60%). Os espanhóis são menos pessimistas. Mesmo duramente afetados pela crise, uma parte significativa prefere pensar que as coisas não vão piorar, e 40% acha que a crise vai se atenuar ao longo do ano em Espanha.

Entre a população dos seis países, "os sentimentos que dominam são o pessimismo (45%) e, no mesmo nível, a resignação (32%) e raiva (32%). Quando perguntados sobre seu futuro pessoal, a maioria dos europeus considera "aberto" (61%). "Apenas uma minoria considerou sem esperança (39%, dos quais apenas 5% consideram "totalmente sem perspectiva"). Só os franceses (51%) e italianos (55%) são a maioria em pensar que o seu futuro é "sem perspectiva", diz o estudo.