Jornal Correio Braziliense

Economia

Secretário da Receita evita fazer estimativas sobre arrecadação este ano

Segundo secretário, os números do primeiro trimestre foram influenciados pelos dados do ano anterior. No primeiro trimestre, a arrecadação total somou R$ 271,731 bilhões, com queda real de 0,48%

O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, evitou fazer estimativas sobre o crescimento da arrecadação para o ano de 2013. Segundo ele, os números do primeiro trimestre foram influenciados pelos dados do ano anterior. ;Não temos ainda uma previsão. É muito cedo e o primeiro trimestre foi fechado agora. Temos que acompanhar até junho;, disse.

[SAIBAMAIS]Em março, a arrecadação de impostos e contribuições federais teve queda real [corrigido pela inflação] de 9,32% ante o mesmo período de 2012, somando, em termos nominais, R$ 79,613 bilhões. No primeiro trimestre, a arrecadação total somou R$ 271,731 bilhões, com queda real de 0,48%.



Nas receitas administradas, influenciaram o resultado negativo de março, entre outros fatores, a redução na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) relativo ao ajuste anual, principalmente, no setor financeiro. A redução chegou a 48,25% devido ao ajuste anual desses dois tributos, relativo a fatos geradores do ano-calendário 2012.

;Em 2012, em função do resultado de 2011, o resultado foi muito bom e ser refletiu no primeiro trimestre. Em 2013, em função do resultado do ano passado, [o primeiro trimestre] não foi tão bem;, explicou o secretário.

As desonerações tributárias ; em especial, na folha de pagamento, na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) ; combustíveis, no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ; automóveis e no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ; pessoas físicas ; empregadas pelo governo para enfrentar a crise e aquecer a economia também tiveram impacto no resultado.

;O comportamento da arrecadação está em linha com a arrecadação de 2012, que foi muito boa porque incorporou resultado do lucro das empresas de 2011, principalmente das instituições financeiras. Este ano aconteceu a mesma coisa, sendo que em montante menor porque a lucratividade das empresas foi menor;, avaliou Carlos Alberto Barreto.