O avanço do endividamento dos brasileiros nos últimos cinco anos, segundo economistas, chama a atenção. Desde setembro de 2008, quando estourou a crise financeira internacional e o governo deu início a uma série de estímulos ao consumo, a dívida das famílias mais que dobrou: cresceu 115,3% no período. A base de clientes bancários, contudo, aumentou em ritmo mais moderado ; 24,9%. Ou seja, a maior parte da elevação do crédito decorreu da tomada de empréstimos e de financiamentos e da incidência de elevadas taxas de juros.
Apesar de a taxa média das operações estar em 34,5% ao ano, depois de ter recuado 6,6 pontos percentuais em 12 meses e 0,6 ponto em março, os juros no Brasil ainda estão entre os mais altos do mundo. O cheque especial, que recuou 32,2 ponto percentual no último ano, ainda cobra 137,9% ao ano, algo sem precedentes no mundo civilizado.