O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (23/4) ter um orçamento de R$ 35 bilhões para aquisição de medicamentos até 2016, o maior valor já investido pelo Governo Federal, que apostará em medicamentos biossimilares, cópias dos biológicos originais, usados como vacinas e para o tratamento de cancer, por exemplo.
Atualmente, o Governo responde por aproximadamente 60% das compras de biológicos no país. De alto custo, estes itens consomem 43% dos gastos do Ministério da Saúde com medicamentos, apesar de representarem 5% da quantidade adquirida. ;A produção nacional gera economia de recursos para o Ministério da Saúde, que é revertida para a ampliação da compra de novos medicamentos para o SUS, aumentando o acesso da população;, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. ;Produzido nacionalmente, o medicamento traz maior segurança ao usuário, que terá garantido o seu tratamento, sem riscos de problemas com a importação;, acrescenta.
Parcerias estão sendo feitas para a produção de 14 biossimilares para doenças como hemofilia, esclerose múltipla, artrite reumatóide e diabetes. Até o momento, 14 empresas privadas e 6 laboratórios públicos fecharam acordo com o Governo. A estimativa é que até 2017, estes produtos terão fabricação 100% nacional.
Nos últimos anos, a importação de remédios tem superado a de princípios ativos, sobretudo por conta dos altos custos dos produtos para tratamentos complexos. Os princípios ativos importados equivalem a 70% do mercado nacional, enquanto os medicamentos prontos importados equivalem entre 10% e 20% do mercado nacional.