Jornal Correio Braziliense

Economia

Balança comercial registra déficit na terceira semana do mês

No acumulado do ano, o déficit está em US$ 6,489 bilhões

A terceira semana de abril registrou déficit de US$ 2,27 bilhões na balança comercial brasileira, como resultado de US$ 6,902 bilhões em importações e US$ 4,631 bilhões em exportações. Com o déficit da terceira semana, a balança, que estava superavitária neste mês, passou a acumular saldo negativo de US$ 1,3 bilhão. No acumulado do ano, o déficit está em US$ 6,489 bilhões.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as importações cresceram por causa do aumento de 785,1% nas compras de combustíveis e lubrificantes. De acordo com o ministério, a alta é consequência da normalização de registros de transações feitas em meses anteriores e no ano passado. A computação dessas aquisições tornou-se mais lenta devido a mudanças implementadas pela Instrução Normativa 1.282/2012, da Receita Federal.



A média diária exportada na semana foi US$ 926,2 milhões, 2,6% abaixo dos US$ 950,9 milhões acumulados até a segunda semana de abril. No mês, comparada a média até a terceira semana de abril, de US$ 942,7 bilhões, com a de abril de 2012, de US$ 978,3 milhões, houve queda de 3,6%.

O recuo semanal foi puxado pela redução de 10,8% nas vendas externas de semimanufaturados, principalmente açúcar bruto, celulose, ferro fundido e ouro. O comércio de produtos básicos caiu 5,2%, encabeçado por minério de ferro, petróleo bruto, carne bovina e suína e milho em grão. Cresceram apenas as vendas de manufaturados (1,5%), com destaque para aviões, autopeças, motores e geradores, máquinas para terraplanagem e polímeros plásticos.

Na análise mensal, recuaram as exportações dos três grupos de produtos, com queda de 4,8% para manufaturados; 3,5% para básicos e 1,4% para semimanufaturados. Dentre os itens que venderam, na comparação com abril do ano passado, estão aviões, petróleo bruto, café em grão, carne suína, celulose e ferro fundido.

Quanto às importações, além do maior registro de compras de combustíveis e lubrificantes, a aquisição de automóveis e borrachas cresceu na terceira semana de abril, ficando 61,1% maior que a média acumulada no mês. Com relação a abril do ano passado, a alta na média diária foi 10,4%. No período, cresceram as compras de adubos e fertilizantes, plásticos, farmacêuticos, borrachas e instrumentos de ótica e precisão.