Jornal Correio Braziliense

Economia

Produção industrial teve crescimento entre 0,7% e 1% no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses do ano, a indústria respondeu por 36% dos desembolsos feitos pelo BNDES, com alta de 109%

Rio de Janeiro ; O desempenho da indústria brasileira no primeiro trimestre deste ano foi muito bom e a expectativa é que a produção industrial tenha crescido de 0,7% a 1% em março, disse o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, ao anunciar o desempenho trimestral da instituição de fomento.

"A produção industrial teve crescimento muito forte em janeiro, queda em fevereiro e, muito provavelmente, um número bastante razoável em março. É apenas uma projeção, mas é aderente aos nossos dados de venda e especialmente de desempenho de investimento no trimestre;, ressaltou Coutinho, lembrando que os números exatos serão anunciados nas próximas semanas.



Nos primeiros três meses do ano, a indústria respondeu por 36% dos desembolsos feitos pelo BNDES, com alta de 109%. Máquinas e equipamentos receberam R$ 16,3 bihões de desembolsos do banco nos três primeiros meses deste ano, dos quais R$ 4,8 bilhões destinaram-se a máquinas industriais diretamente vinculadas a investimentos em ampliação da capacidade produtiva e modernização, com alta de 90% nos desembolsos em relação aos do primeiro trimestre do ano passado.

Nessa categoria de bens de capital, segmentos fundamentais para a expansão industrial ampliaram a compra de maquinário de caldeiraria (596%), máquinas e ferramentas (135%) e máquinas para movimentação de carga (115%).

Para infraestrutura, o BNDES liberou R$ 9,3 bilhões dem janeiro a março, com queda de 7% em relação ao mesmo período do ano passado, mas a tendência é de crescimento, garante Coutinho, devido à aprovação de R$ 15 bilhões.

Para comércio e serviços, o banco desembolsou R$ 9,7 bilhões (alta de 65%) e aprovou R$ 10,8 bilhões (mais 34%). Para a agropecuária, as liberações somaram R$ 4,7 bilhões, com crescimento de 113% em relação ao primeiro trimestre de 2012, e as aprovações chegaram a R$ 3,6 bilhões (aumento de 63%).