Mais de 100 artigos da Constituição Federal de 1988 não são aplicados até hoje por falta de regulamentação. Por sugestão do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), integrante da comissão, a primeira atividade do colegiado será examinar a Emenda do Trabalho Doméstico. ;É uma igualdade que tinha que ser feita. Agora, gera uma série de dúvidas nos empregadores e nos próprios empregados.;
Reunião com o governo
Na terça-feira passada, o relator da comissão, senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou a técnicos do governo uma proposta de pagamento unificado das contribuições devidas pelos patrões de empregados domésticos. Segundo o senador, será usado um boleto único para o pagamento do INSS, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do seguro contra acidentes de trabalho. O modelo foi inspirado na experiência das micros e pequenas empresas, que pagam todos os tributos em uma única guia de recolhimento.
[SAIBAMAIS]Jucá também propôs a redução da alíquota patronal do INSS de 12% para 8%. Se a redução for aprovada, somada ao FGTS (8%) e ao seguro contra acidentes de trabalho (1%), a contribuição patronal total será de 17% em vez de 20%. Jucá também sugeriu a redução da multa do FGTS de 40% para até 5%, nos casos de demissão sem justa causa, e a isenção de multas e juros para patrões que quiserem pagar o INSS ainda não recolhido de seus empregados. As sugestões vão ser avaliadas pelos técnicos do Executivo.
Outras propostas
Alguns deputados também já apresentaram sugestões para regulamentar a Emenda e desonerar os patrões. O deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) é autor de um projeto de lei (5268/13) que permite ao empregador deduzir do Imposto de Renda 30% do valor total pago ao empregado doméstico a título de salários, horas-extras, INSS, férias, 13; salário e FGTS. "Esse é um assunto que interessa a todos. Todos estão atônitos com essas novidades", disse Leite.
Já Carlos Sampaio deve apresentar hoje uma proposta que reduz a contribuição do INSS de 20% para 8%, com 5% a cargo dos empregadores e 3% a serem recolhidos pelos empregados. Já a contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que hoje é de 8%, pela proposta de Sampaio, cairá para 4%.