postado em 06/04/2013 06:02
Há um grupo de patroas que não criará qualquer tipo de resistência para fazer valer a Lei das Domésticas, em vigor desde a última quarta-feira. São as mulheres que começaram a vida trabalhando em casas de família, ascenderam profissionalmente e hoje estão do outro lado da mesa de negociação. Na sua grande maioria, as ex-domésticas concordam integralmente com os direitos adquiridos pela categoria à qual já pertenceram. E, por isso, não estão muito preocupadas com as compensações prometidas pelo governo para amenizar o esperado aumento de custos com o serviço.
A ministra do Tribunal Superior do Trabalho Delaíde Miranda Arantes tem duas empregadas: uma na residência de Brasília e outra na de Goiânia. Ambas estão avisadas de que os benefícios listados na nova legislação serão automaticamente incluídos nos contratos, embora pontos essenciais, como a jornada semanal de 44 horas e o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), já viessem sendo adotados pela ministra, que é ex-doméstica. ;Elas são tão importantes para mim quanto os meus assessores no tribunal. É por causa delas que posso trabalhar tranquila;, comparou.