Jornal Correio Braziliense

Economia

Distribuidoras de remédios reajustam preço sem aval do ministério da Saúde

A elevação poderá chegar a 6,31% %u2013 o que corresponde à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos 12 meses encerrados em fevereiro.

Mesmo sem o aval do Ministério da Saúde, as distribuidoras de remédios já reajustaram os preços dos medicamentos na noite dessa segunda-feira (2/4). A elevação poderá chegar a 6,31% ; o que corresponde à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos 12 meses encerrados em fevereiro. Em média, ficará em 4,59%,segundo os representes da indústria farmacêutica. O governo informou ainda que a resolução com os percentuais de aumento deve ser publicada ainda esta semana no Diário Oficial da União (DOU). A permissão só entrará em vigor a partir da publicação dos índices. Caso ocorra algum tipo de reajuste, este deve estar dentro do teto em vigor, referente ao aumento autorizado em março do ano passado.

O Correio percorreu várias farmácias do Distrito Federal e constatou que a maioria dos estabelecimentos já elevou os preços dos medicamentos. Um dos gerentes ouvidos pela reportagem disse que a alta pode ser de 7% a 15%, maior do que o autorizado pelo governo. ;Esse percentual de aumento deve ser feito de forma gradativa. Em até três meses todos os remédios sofreram reajustes nos preços;, disse.



O reajuste dos remédios foi confirmado pelo presidente da Associação de Defesa dos Consumidores e Usuários de Medicamentos do Rio de Janeiro, Odari Saboia. Segundo ele, na pesquisa realizada nesta semana com as distribuidoras, a entidade verificou aumento de até 6% no preço de custo de cerca de 100 medicamentos.