Jornal Correio Braziliense

Economia

Tombini nega passividade do Banco Central (BC) ante resistência da inflação

Na última quinta-feira (28/3), o BC informou que a inflação deve chegar a 5,7% este ano. A projeção ficou 0,9 ponto percentual acima da previsão de dezembro e do centro da meta (4,5%)



O presidente do BC foi questionado por senadores sobre declarações feitas na semana passada pela presidenta Dilma Rousseff sobre a inflação. A presidenta disse, na ocasião, que quem fala sobre inflação é o ministro da Fazenda e que é contra medidas de combate à inflação que comprometam o ritmo de crescimento econômico do país. Tombini ressaltou ter esclarecido tais declarações na semana passada, ao dizer que o BC tem autonomia para definir a Selic, se e quando achar necessário. Sobre inflação, ;fala a equipe econômica e sobre juros, fala o Banco Central;, acrescentou.

Na audiência, ele falou também sobre o aumento das projeções da instituição para a inflação. ;O Banco Central apresenta as suas melhores projeções em relação à inflação. A inflação no primeiro trimestre explica boa parte desse aumento na projeção para o ano;, explicou.

Na última quinta-feira (28/3), o BC informou que a inflação deve chegar a 5,7% este ano. A projeção ficou 0,9 ponto percentual acima da previsão de dezembro e do centro da meta (4,5%).

De acordo com as projeções do BC, a inflação deve apresentar variação acima do limite superior da meta ao longo deste ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 12 meses, deve chegar ao final do primeiro trimestre em 6,5% e subir para 6,7% no segundo trimestre. Depois, a expectativa é que a inflação diminua para 6% e 5,7% no terceiro e quarto trimestres, respectivamente. Ao final de 2014, a estimativa é que a inflação fique em 5,3%.