A Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados, realiza, na quarta-feira (27/3), uma audiência pública para ouvir do vice-presidente da Unilever Brasil, Newman Debs, esclarecimentos sobre que providências foram adotadas pela Unilever com relação à denúncia da presença de substâncias tóxicas em embalagens de sucos de soja da marca Ades. Foram convidados ainda para a audiência o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Brás Aparecido Barbano, e a secretária nacional do Consumidor, Juliana Pereira da Silva.
Neste mês, um garoto de sete anos foi submetido a exames no Instituto de Polícia Científica (IPC) de João Pessoa (PB), após a mãe dele prestar queixa afirmando que o jovem teria sofrido queimaduras na boca depois da ingestão do suco de uva da marca Ades.
[SAIBAMAIS];A situação nos parece mais grave do que informado pela multinacional, que em comunicado informou que o conteúdo de 96 caixas de 1,5 litro do Ades de maçã, do lote AGB 25, estava impróprio para consumo. No entanto, mesmo com estas informações a Anvisa decidiu suspender os lotes de sucos de todos os sabores;, diz o deputado Francisco das Chagas (PT-SP), autor do requerimento para a realização da audiência.
Contaminação
Na semana passada, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, a distribuição, a comercialização e o consumo, em todo o território nacional, de lotes de todos os produtos da marca Ades, de uma linha de produção da fábrica da Unilever, em Pouso Alegre, Minas Gerais.
A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), foi tomada por suspeita de que os lotes não estivessem atendendo às exigências legais e regulamentares do órgão. Na sexta-feira (22/3), o órgão divulgou o relatório conclusivo da inspeção para análise detalhada do suco e concluiu que a linha ficará paralisada até comprovação da revisão completa de todos os equipamentos, sensores, software do processo AdeS; a alteração do Plano Amostral - aumento do número de amostras coletadas durante o processo de envase; a alteração do Período de Retenção dos produtos acabados antes da liberação ao mercado; a revisão e implementação de procedimento de liberação da produção após o sistema de higienização -CIP - realizado pelos operadores, coordenadores com registro formalizado e assinado; e a introdução de dossiê diário de liberação de qualidade -liberação formal com assinatura dos gerentes.
Com informações da Agência Câmara