As autoridades europeias, ontem, passaram o dia em reuniões e teleconferências em busca de uma solução que possa afastar qualquer desconfiança sobre os demais países da Zona do Euro. Com uma população de 862 mil e um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 24,6 bilhões, o Chipre tem um sistema financeiro que guarda cerca de US$ 150 bilhões em depósitos, a maioria deles, cerca de 40%, investimentos russos. Para as autoridades do bloco econômico, a fragilidade dos bancos da ilha, que pede um socorro de 10 bilhões de euros, não representa um risco sistêmico do ponto de vista financeiro. A preocupação, porém, é que a falência do país, ou uma saída do euro, leve os investidores estrangeiros a fugir do continente e esgote complemente os canais de crédito, situação que traria problemas sobretudo para a Espanha e para a Itália, que há tempos suscitam preocupação entre os analistas.