Jornal Correio Braziliense

Economia

Governo e portuários não fecham acordo e indicativo de greve está mantido

A categoria pede a não privatização dos portos; paralisação das atividades portuárias podem atingir 37 mil trabalhadores na próxima segunda (25/3)

A reunião entre governo e trabalhadores portuários realizada na manhã de hoje (19) não chegou a uma conclusão. Apesar dos representantes da Federação Nacional dos Portuários (FNP) e da Federação Nacional dos Estivadores (FNE) terem sinalizado que a conversa foi positiva, o indicativo de greve por 24 horas na próxima segunda-feira (25/3) está mantido. A paralisação das atividades portuárias podem atingir 37 mil trabalhadores, segundo o presidente da FNP, Eduardo Guterra. O processo de negociação faz parte da Medida Provisória 595, mas conhecida como a MP dos Portos. Um novo encontro foi marcado para a próxima quinta-feira (21) no Senado Federal.

;Embora nada tenha sido concretizado, estamos vendo esse diálogo de forma positiva e esperamos avançar;, acrescentou o senador e relator da MP Eduardo Braga (PMDB-AM).

Entre os avanços esperados, a categoria pleita a não privatização dos portos; a obrigatoriedade de contratação, pelos novos portos, de trabalhadores avulsos por meio do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo); e a manutenção da atual guarda portuária. ;Ainda não houve nenhuma resposta objetiva a nossas reivindicações. Agora, se não tivermos avanços, o indicativo de greve já está aprovado e os trabalhadores vão cruzar os braços e cumprir todas as exigências da lei de greve;, comentou Wilton Barreto da FNE. Os sindicalistas também cobram que a MP 595 acabe com a terceirização das atividades portuárias e que os trabalhadores possam ser contratados para exercer suas funções por qualquer terminal.