Jornal Correio Braziliense

Economia

Economia dos EUA segue em ritmo lento nas últimas semanas

Relatório do Federal Reserve cita preocupações sobre o impacto dos cortes de gastos

Washington - A economia norte-americana continua avançando a um ritmo lento nas últimas semanas, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira pelo Federal Reserve (banco central dos EUA, Fed), que destacou a preocupação de seus membros com os cortes dos gastos.

"A atividade econômica se expandiu em termos gerais a um ritmo entre modesto a moderado", disse o relatório, conhecido como Livro Bege do Fed, que reúne informações sobre suas 12 sedes regionais.

Em seu relatório anterior, o Fed tinha utilizado os mesmos termos para definir o estado da economia. "A maior parte das regiões registraram um aumento dos gastos pessoais, apesar de as vendas no varejo registrarem desaceleração em várias áreas", considerou o Livro Bege.

Segundo o relatório, o mercado de trabalho está se recuperando levemente, apesar de o desemprego, em 7,9%, continuar sendo a principal preocupação do banco central norte-americano.



O relatório também constatou que "a produção industrial melhorou lentamente na maior parte" do país, em virtude de uma "forte demanda" às "indústrias de automóveis, de alimentação e da construção" em várias regiões.

O banco central informou também sobre um fortalecimento do mercado imobiliário "em quase todas as regiões". Este relatório está em sintonia com as últimas declarações do presidente do Fed, Ben Bernanke, que prestou contas ao Congresso nos dias 26 e 27 de fevereiro.

Bernanke disse então que, apesar da recente recuperação registrada após o fraco desempenho da economia do país no quarto trimestre, as perspectivas continuam sendo pouco estimulantes e que os Estados Unidos poderiam sofrer uma desaceleração em 2013, devido às medidas de austeridade que entraram em vigor na sexta-feira.

Segundo os dados oficiais, o crescimento da economia foi de 0,1% no quarto trimestre. Segundo especialistas, a atividade deve registrar um crescimento de entre 1,8 e 2,4% nos três primeiros meses do ano.