Londres %u2013 Ao mesmo tempo em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciava, na manhã desta sexta-feira, em Brasília, o modesto crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de apenas 0,9% no ano passado, em Londres, o governo promovia a segunda etapa da incursão internacional em busca de investidores estrangeiros para o setor de infraestrutura. Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esteve em Nova York para anunciar o programa, que prevê investimentos de US$ 235 bilhões nas próximas três décadas. Nesta sexta-feira (1º/3), foi a vez de integrantes do primeiro escalão federal tentarem convencer grupos europeus e asiáticos a investir no Brasil.
No salão de um suntuoso hotel na capital inglesa, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho; o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EBL), Bernardo Figueiredo; e representantes da Empresa de Pesquisa Energética e da Agência Nacional do Petróleo se reuniram com representantes dos setores produtivo e financeiro do exterior. Em jogo, estão as concessões de portos, estradas e ferrovias, além dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG), e do Trem de Alta Velocidade que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. O pacote ainda inclui os novos contratos no setor elétrico e a exploração de petróleo e gás.
"Sentimos grande interesse por parte dos investidores. Temos sido muito procurados e demandados, particularmente em relação aos aeroportos", disse Gleisi. Já Coutinho destacou que o BNDES está à frente dos contatos com grandes grupos econômicos que têm a pretensão de participar dos projetos brasileiros. %u201CEm Nova York, recebemos muitas consultas de investidores de grande porte, especialmente fundos de pensão americanos e canadenses. Foram cerca de 50 reuniões bilaterais. Aqui (em Londres), devemos superar esse número. Só entre a tarde e a noite de ontem (quinta-feira), tivemos encontros com 13 grandes grupos estrangeiros %u2013 sem mencionar os brasileiros. São fundos de pensão europeus, seguradoras que têm reservas técnicas e que precisam aplicar esses recursos, e também fundos soberanos%u201D, comentou o presidente do BNDES.