Jornal Correio Braziliense

Economia

Petrobras tem dificuldade para concluir refinaria no Maranhão, diz ministro

Presidente da estatal, Graça Foster, busca parcerias na China para viabilizar novos recursos

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira (28/2) que a Petrobras encontra ;certa dificuldade financeira; para concluir as obras da Refinaria Premium 1, no Maranhão. A presidente da estatal, Graça Foster, está na China em busca de parcerias.

;Há uma certa dificuldade financeira da Petrobras. A presidente [Graça Foster] foi à China completar uma negociação com uma grande empresa estatal para que possa se associar à refinaria do Maranhão e completá-la com esses recursos;, destacou durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Segundo Lobão, a construção dessa refinaria e de outras, como a de Pernambuco e a do Rio de Janeiro, é importante para a reduzir as importações de diesel e gasolina no país. ;Esse projeto não pode acabar porque é uma necessidade para o país. Estamos importando gasolina e diesel em grande quantidade, não porque não temos petróleo, mas porque não temos refinaria.;

[SAIBAMAIS]Apesar de reconhecer a dificuldade financeira da Petrobras, o ministro garantiu que a rodada de negócios na China ocorre a convite do país. ;Ela [Graça Foster] recebeu convite para isso. Ela não está lá à procura de investidores;, destacou Lobão. Caso consiga fechar parceria, os recursos também podem ser usados nas obras da refinaria do Ceará.



O titular da pasta atribuiu o pedido de ;socorro; da Petrobras aos projetos gigantescos que serão feitos pela estatal. ;Os investimentos no pré-sal são de grandes proporções, daí ela precisa de recursos e de parceiros;, explicou.

O lucro líquido da Petrobras em 2012, de R$ 21,18 bilhões, foi o menor dos últimos oito anos, de acordo com balanço divulgado pela empresa no dia (5). Segundo a estatal, a redução do lucro resulta de fatores como o aumento dos custos operacionais, uma produção de petróleo menor, a desvalorização cambial e o aumento da importação de derivados.