O governo parece convencido de que, mesmo com os investimentos produtivos tendo recuado ao menor patamar dos últimos 20 anos, o cenário econômico brasileiro ainda é atraente a projetos de expansão. Na manhã desta sexta-feira (22/2), o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse, durante a apresentação do sexto balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) que, mesmo durante a crise, o governo criou condições favoráveis à atração do capital estrangeiro. "O Brasil é o terceiro país citado pelos investidores internacionais onde eles pretendem fazer seus investimentos", disse.
[SAIBAMAIS]O secretário explicou que o ano de 2012 foi marcado por turbulências internacionais "de grande dimensão". "E isso tem reflexo importante em todas as economias, inclusive a brasileira". Mesmo diante desse quadro excessivo, disse o secretário do Tesouro, o Brasil conseguiu reduzir a parcela da dívida pública como proporção ao Produto Interno Bruto (PIB). "Na crise de 2009, nós tivemos um aumento desta relação, o que não aconteceu no ano passado".
Augustin citou como exemplo desta melhor administração do passivo do Estado a queda do gasto com juros para o pagamento da dívida, que caiu de 5,7%, em 2011, para 4,8%, em 2012. "No ano passado, mesmo com todo o cenário mais difícil, o governo reposicionou os principais preços da economia, inflação, juros e câmbio". Diante deste contexto, conclui Augustin, os trabalhadores brasileiros conseguiram não ser afetados por uma crise que coleciona feridos em todo o mundo. "Em 2012, com toda a crise, nós tivemos novamente a queda do desemprego. E deveremos continuar com este mesmo quadro de melhora do mercado de trabalho também neste ano".