Rio de Janeiro - As vendas no varejo subiram 8,4% em volume no Brasil em 2012 em relação ao ano anterior, impulsionadas por um maior consumo em grandes supermercados, alimentos, bebidas e tabaco, informou nesta terça-feira (19/2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O segmento de supermercados e alimentos foi o que mais impactou o comércio varejista, seguido do setor de móveis e eletrodomésticos. Mais atrás ficaram os grupos de artigos de uso pessoal e doméstico.
"Este comportamento reflete, principalmente, o aumento do poder de compra da população decorrente da elevação da massa de salário da economia, obtida pela melhora da renda e do emprego", explicou em um comunicado o IBGE, que também ressaltou a expansão do crédito para explicar a alta das vendas.
A expansão no setor de eletrodomésticos foi impulsionada em parte pela redução de impostos aos produtos industrializados, uma das medidas que o governo da presidente Dilma Rousseff lançou para estimular o crescimento da economia através do consumo.
Outro fator que impactou o crescimento do comércio foi o segmento de artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria, seguido pelo de combustíveis e lubrificantes, uma alta também impulsionada por medidas oficiais para diminuir impostos no setor automotivo e estimular a venda de veículos.
Apesar da alta do consumo interno, em dezembro, o Banco Central e o mercado reduziram apenas 1% sua previsão de crescimento do PIB brasileiro para 2012. Em 2011, a sexta economia do mundo cresceu 2,7% ao se desacelerar após a expansão de 7,5% em 2010.