São Paulo ; A previsão para o crescimento nas contratações de crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal é 20% este ano, com elevação no saldo do crédito de 32%. A estimativa foi feita nesta terça-feira (19/2) durante a divulgação do balanço anual de 2012 da instituição financeira.
De acordo com Márcio Percival, vice-presidente da Caixa, os volumes de contratação imobiliária do ano passado, de R$ 106,7 bilhões, e o saldo de R$ 205,8 bilhões em dezembro de 2012, têm potencial para expandirem ainda mais em 2013.
;Quando a gente compara isso com outras economias, a gente vê que isso ainda é pequeno. Estamos falando de alguma coisa em torno de 6% do PIB [Produto Interno Bruto];, declarou.
Tendo em vista a previsão de que mais de 7 milhões de brasileiros pretendem comprar a sua residência nos próximos anos, Percival avalia que o mercado imobiliário brasileiro é ainda bastante pequeno e apresenta alto potencial de crescimento. ;Estamos fazendo investimentos para que a gente possa continuar fazendo essa curva [de crescimento] de maneira consistente;, disse.
Embora a comparação entre os números de contratações imobiliárias de janeiro deste ano e o mesmo mês do ano passado aponte uma alta de 30%, Percival mostrou-se cauteloso quanto a novas previsões.
;Pode ter sido uma situação atípica, a gente é conservador na nossa programação de crescimento. Mas, certamente, esses 20% [de crescimento no crédito imobiliário], é bastante provável que a gente chegue lá, pelos dados que nós temos;, disse.
A carteira de habitação teve, em 2012, aumento recorde de contratações, chegando a um crescimento de 34,6% na comparação com o mesmo período de 2011. De acordo com o balanço, o lucro líquido acumulado obtido pela Caixa Econômica Federal em 2012 chegou a R$ 6,1 bilhões, 17,1% mais do que em 2011.
Além da habitação, o saldo do financiamento de obras urbanas e de infraestrutura tiveram crescimento de 37,4%. Em dezembro de 2012, o saldo dessas operações alcançou R$ 23,9 bilhões. No ano passado, foram contratados R$ 34,6 bilhões (R$ 30 bilhões em infraestrutura e R$ 4,6 bilhões em saneamento), evolução de 67,5% em relação a 2011.